14
jan

Advogados pedem impeachment da Governadora Roseana Sarney na Assembleia Legislativa

Pelo Jornalista Domingos Costa

Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (CADHU) protocolando impeachment

O Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (CADHU) protocolou nesta terça-feira na Assembleia Legislativa do Maranhão um pedido de impeachment da governadora Roseana Sarney (PMDB) por crime de responsabilidade diante da omissão do governo às mortes ocorridas no presídio de Pedrinhas, em São Luís.

– O Estado deve se omitir de matar, e agir para proteger a vida. O que não acontece nos presídios do Maranhão. Entendemos que pela Constituição, Roseana deve ser responsabilizada, e esperamos que a Assembleia apure esse caso com o devido respeito ao povo maranhense – disse o advogado Murilo Morelli do CADHU ao protocolar o pedido de impeachment.

Mesmo em recesso parlamentar, o legislativo maranhense tem 15 dias para formar uma comissão especial formada por 9 deputados para analisar o pedido. Nesse mesmo período, o governo deverá apresentar a sua defesa, para que ao final do prazo a comissão dê o seu parecer, e ele vá a plenário para votação.

O deputado Othelino Neto (PC do B), que faz parte da comissão de recesso da Assembleia, explicou que essa comissão será formada paritariamente de acordo com os blocos parlamentares.

Dos 42 deputados, a oposição conta com 12 deputados e deve indicar apenas dois membros, o que segundo Othelino Neto, já dá para prevê o resultado.

– A Assembleia sequer aprova os pedidos de convocações dos secretários do governo, imagina aprovar um pedido de impeachment da governadora ! – duvidou o deputado.

O parecer da Comissão também deverá ser votado pelo plenário da AL, onde serão necessários 28 votos (2/3) para que seja aprovado o pedido de impeachment. Em caso de aprovação, Roseana será afastada até o término do julgamento do caso por uma outra comissão formada por cinco deputados e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Os desembargadores serão escolhidos por sorteio e os deputados por votos em uma eleição no plenário da AL.

Com 200 páginas, o documento que pede o impeacment de Roseana traz fotos, relatos da barbárie e até mesmo os nomes e as causas das mortes dos 62 detentos assassinados em 2013 em Pedrinhas. Desses, seis foram decapitados.

– O governo do Maranhão já foi notificado várias vezes sobre os problemas em Pedrinhas, e nada fez. Além de fugir de sua responsabilidade e violar a Constituição Federal, o governo do Maranhão violou também a normativa internacional dos direitos humanos a qual o Estado brasileiro está submetido – avisou Morelli.

Advogados Nonato Masson, Antonio Fillho e Murilo Morelli com o pedido de impeachment

O advogado também lembrou que apesar de abrigar somente 0,85% da população carcerária do Brasil, o Maranhão foi responsável, em 2013, por 27% das mortes violentas nas prisões do País.

– Se uma morte ou uma rebelião podem eventualmente ser atribuídas a uma situação de imprevisibilidade, 62 mortes não, jamais – avisou Morelli.

A professora da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV_SP), Eloísa Machado de Almeida, uma das autoras da ação, lembrou que embora muita gente dia que a crise no sistema penitenciásrio é geral, o que aconteceu em Pedrinhas é “um ponto fora da curva”.

-A quantidade de mortos e o nível de violência, com decapitações, não podem ser tratados como algo inerente aos presídios- disse.

Em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa, Murilo Morelli, fez questões de ressaltar que o movimento do CADHU não é político, mas de defesa dos direitos humanos independente da coloração partidária.

– Roseana não tem cumprido com seu dever constitucional de zelo pelos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos do Maranhão, em especial daqueles encarcerados no complexo penitenciário de Pedrinhas e dos cidadãos que tem sofrido com os atentados a ônibus na capital – explicou.

O Coletivo de Advogados em Direitos Humanos foi criado em 2013 e reúne advogados experientes na defesa dos direitos humanos em todo o País.

Veja trecho do Pedido abaixo:

Pedido de impeachment

14
jan

Você pensa que já ouviu tudo? Ouça o que disse dois presos direto de Pedrinhas ao vivo na rádio Difusora AM

Pelo Jornalista Domingos Costa

Dois presos, usando celular de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, ligaram por volta do meio dia, desta terça 12/01, para o programa do radialista Silva Alves, na rádio Difusora AM 680, e por mais de dez minutos informaram a sociedade suas versões sobre a crise no Sistema Penitenciário.

Clique acima e ouça os relatos. Abaixo parte do que falaram os presos:

Sem título

(sic)*

 

– As visitas chegam na porta dos presídios 6h da manhã e fica até meio dia, em situação deplorável, de pé no sol e na chuva…

 – Quando o pessoal entra, a polícia abre é os pacotes de sucos de vários sabores diferente e mistura um com o outro, não tem a minima consideração com o que a família trás,  mistura tudo, com babão, arroz…

– Queremos falar com o doutor Douglas e Antonio Pedrosa…

– Quando agente pede para ir na enfermaria ele baixa é ripa no cara, taca daquelas de deixar agente moído…

–  O que eles estão fazendo está totalmente errado…

– Tem um agente, um inspetor patife chamado “Gil Cara Cortada” que agente chama ele para informar que tem doentes e ele diz que o preso só pode ir para enfermaria quando tiver no mínimo umas cinco facadas…

– Essa guerra de facção é porque eles estão jogando os presos em celas de facções diferentes para o cara morrer…

– Nós falamos para os diretores que aqueles presos que foram decapitados iriam morrer eles nem ligaram…

– A greve de fome vai continuar, e se não vier ninguém aqui pra conversar com nós, vamos quebrar é geral,quebrar é tudo, todas as cadeias geral, o bagulho vai ficar é doido…

– Nossa família não tem nada haver com o que agente faz…

 – Essas facas eles não acharam aqui na CCPJ, eles já tinham tudo, não encontram nada em pavilhão, tinham tudo guardado faz tempo, tão querendo passar uma boa imagem para televisão pra dizer que estão fazendo um bom serviço…

– Eles tão dificultando é a nossa capacidade de vida aqui dentro, ele vão revoltar nós, estamos todo nós atribulados aqui e qualquer hora nós vamos partir pra cima deles todo mundo junto…

– Se eles quiserem atirar ele que façam, mas se nós agarrar um nós vamos arrancar a cabeça deles ou eles repeitam nossa visitas ou vão ter que matar agente logo de uma vez…

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*O sic serve para evidenciar que o uso incorreto ou incomum de pontuação, ortografia ou forma de escrita presente em uma citação provém de seu autor original

14
jan

Manifestação que não tinha hora para acabar já terminou!

Pelo Jornalista Domingos Costa
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Prefeito Clodomir Oliveira(PRTB) e secretário de Infraestrutura Rabelo conversam com os moradores

Por volta as 10h desta terça-feira 14/01, moradores das localidades Residencial Terra e Sol, Eugênio Pereira,  Recantos dos Poetas e Pirâmide desobstruíram a MA 203 estrada de Raposa que foi interditada por volta das 5h.

Os manifestantes esperavam pela presença do Prefeito de Paço do Lumiar, Josemar Sobreiro, pois as comunidades ficam em maior parte localizadas em solo luminense, só que o gestor não apareceu, não teve a preocupação de enviar um representante para dialogar com os populares.

Coube então ao Prefeito de Raposa, Clodomir de Oliveira(PRTB), conversar com os presentes, uma vez que o Município é o maior prejudicado com a interdição da rodovia, a cidade fica parada.

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Corpo de Bombeiros fazendo a limpeza para liberação da MA 203

Após chegar ao local da manifestação acompanhado do Secretário Municipal de Infraestrutura, Antonio Carlos Pantaleão Rabelo, o Prefeito conversou com os moradores, explicou que a área fica limítrofe com o Município de Paço do Lumiar e assegurou a  comunidade o abastecimento de água independentemente de onde pertença o local.

Um dos moradores da localidade que ajudou organizar a manifestação, conversou com o Blog. Emilio Pereira, disse que há quatro anos que as comunidades convivem com a falta de água. “Vivemos aqui há quatro anos, em todo esse período o sofrimento, uma hora o povo cansa”. Disse Emilio.

“O prefeito de Raposa disse que em trinta dias haverá um poço perfurado para a população, e em sessenta dias será apresentado o projeto de tubulação, o poço funcionará a princípio tipo chafariz, para a abastecimento da população, e após, nós moradores receberemos água encanada nas nossas casas” Completou.

Major Araújo negociou com as lideranças do movimento e em seguida o serviço do Corpo de Bombeiro realizou procedimentos de desobstrução da estrada.

Até agora os moradores esperam o Diretor Administrativo do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Paço do Lumiar, João Víctor Mendes de Abreu Viana se pronunciar sobre o que a Prefeitura vai fazer em prol da comunidade.

14
jan

Eliziane, Dutra e Simplício acusam Governo do Estado de direcionar visita a Penitenciaria

Pelo Jornalista Domingos Costa

“Entramos em celas com apenas dois presos e que tinham colchões novos, foi tudo maquiado para que os senadores não conheçam a verdadeira realidade que é de superlotação e problemas estruturais graves”

 

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É muito triste que a situação da segurança no Maranhão seja politizada”, afirma Eliziane Gama em critica ao Governo Roseana

Entre os parlamentares maranhenses que acompanharam a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, três criticaram durante as praticas do Governo do Estado pela manobra de esconder os setores mais críticos do Complexo Penitenciários de Pedrinhas.

Deputados federais Domingos Dutra(SSD) e Simplicio Araújo(SSD), e a deputada estadual Eliziane Gama, juntamente com grupos que representam setores ligados aos Direitos Humanos afirmam que foram impedidos de visitar algumas das unidades do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão, ontem segunda-feira 13/01.

Os parlamentares afirmam que foram expulsos após o exame de algumas áreas do complexo. Segundo eles, o governo do Maranhão alegou que eles não poderiam dar continuidade à visita porque não estavam cadastrados como os senadores.

“Entramos em celas com apenas dois presos e que tinham colchões novos, foi tudo maquiado para que os senadores não conheçam a verdadeira realidade que é de superlotação e problemas estruturais graves”, afirma o deputado Domingos Dutra (SDD-MA), ex-presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Sistema Prisional.

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Foi tudo maquiado para que os senadores não conheçam a verdadeira realidade disse Domingos Dutra

Os parlamentares também acusam o governo do Maranhão de direcionar a visita para as unidades de Pedrinhas com menos problemas.

“Era muito importante que nós que conhecemos as condições pudéssemos participar. É muito triste que a situação da segurança no Maranhão seja politizada”, afirma Eliziane Gama (PPS), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão.

O deputado federal Simplício Araujo (SDD-MA) também afirmou que a visita foi direcionada. “O governo do Estado alegou que os senadores não podiam ir aos lugares mais críticos. Deve ser o grito de socorro deles [presos], mas infelizmente eles não terão voz porque os senadores não vão conversar com eles.”

Simplício criticou a postura do Governo em não permitir a entrada em lugares mais críticos de Pedrinhas.

Simplício criticou a postura do Governo em não permitir a entrada em lugares mais críticos de Pedrinhas.

“São milhares e milhares de homens e mulheres amontoados como lixo, e esse pessoal se organiza para o bem e para o mal. Como o governo não cumpre suas obrigações, o crime organizado cumpre”, diz o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário, deputado Domingos Dutra (SDD-MA).

O grupo pretendia visitar a Casa de Detenção de Pedrinhas (Cadet) e o Presídio São Luís I, mas, segundo o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Rafael Silva, os membros da Sociedade Civil e Direitos Humanos foram impedidos de completar a visita.

“Após a comissão reclamar da proibição, foi permitida a entrada no Presídio São Luís I, mas o grupo não pôde terminar a visita, pois veio uma determinação da Sejap (Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária) impedindo a visita”, afirma Rafael Silva.

Segundo a Sejap, por questões de segurança, não foi permitido que a comissão entrasse nas áreas mais críticas da penitenciária.

14
jan

Depois de “visita” em Pedinhas Senadores da CDH classifica como caótica situação do Complexo Penitenciário

Pelo Jornalista Domingos Costa

Visita dos representantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas Foto: Francisco Silva / Jornal Pequeno

Após visita de senadores ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), a presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senadora Ana Rita (PT-ES), classificou a realidade do local como deprimente e caótica. Os senadores realizaram uma série de atividades ontem segunda-feira (13) no Maranhão para avaliar a situação do sistema prisional do estado.

Na penitenciária, a senadora Ana Rita relatou que as condições da ala destinada a presos provisórios, que passa por reforma, são melhores, mas descreveu um quadro caótico no ambiente reservado aos presos condenados.

“O quadro é muito delicado. Há uma superlotação das celas e dos cubículos. São cubículos extremamente fechados, sujos e superlotados. Há também a falta de ventilação e de limpeza“, explicou.

A visita durou cerca de duas horas, mas a ala mais crítica do presídio, onde ocorreram decapitações, não foi vista pelos senadores, pois não havia como garantir a segurança necessária aos visitantes.

O Senador Humberto Costa (PT-PE) foi um dos que criticou as condições de Pedrinhas. “Encontramos superlotação, precariedade de higiene e ouvimos muitas queixas, como a falta de acompanhamento dos processos e da presença da Polícia Militar, armada, dentro do presídio. Tem preso que já poderia ter se beneficiado da progressão de pena, mas não há quem cuide disso.”

Um dos integrantes da comitiva, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), contou ter visto “muita comida jogada no chão” das celas. Os presos disseram ao senador que não havia condições de se alimentar com a comida fornecida. A administração do presídio rebateu os detentos e mostrou aos senadores a comida distribuída: arroz, feijão e carne. “A comida estava em boas condições”, disse Randolfe, para quem a “simulação” tinha por objetivo chamar a atenção e sensibilizar os parlamentares.

Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), houve uma orientação da direção do presídio para que o local não fosse visitado nesta segunda-feira.

“Não vamos ao CDP porque, entre as alegações, e nós concordamos, disseram há problemas de segurança de alta magnitude. Não em relação a nós, senadores, mas na questão como um todo, pois há medidas judiciais que serão tomadas são de conhecimento parcial dos presos, e nossa presença lá poderia trazer problemas”, disse.

O vice-presidente da CDH, senador João Capiberibe (PSB-AP), também destacou as condições degradantes e desumanas dos presos. “O que nós vimos foi um depósito de seres humanos sem assistência devida e sem condições mínimas para garantir a saúde e a integridade física dessas pessoas”, criticou.

Além de Ana Rita(PT-ES), Capiberibe (PSB-AP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Humberto Costa (PT-PE),  integraram a comitiva os senadores maranhenses João Alberto Souza (PMDB-MA), Lobão Filho (PMDB-MA).

14
jan

Principal reclamação da população que continua interditando MA 203 é a falta d’água

Pelo Jornalista Domingos Costa
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O tráfego de veículos está obstruído nos dois sentido da MA. Imensa fumaça preta, resultante de fogo em pneus, galhos e pedaços de árvores.

Hoje, 14 de janeiro, é comemorado o 53º Aniversário de emancipação política de Paço do Lumiar, coincidentemente, foi o dia escolhido pelos moradores do Residencial Terra e Sol e Recantos dos Poetas para realização de uma manifestação que obstrui trecho da MA 203, principal ligação entre o Município de Raposa e Capital desde às 5h.

Os moradores revoltados no local, dizem está cansados com a péssima infraestrutura, falta de segurança e principalmente falta de abastecimento de água nas localidades.

O tráfego de veículos está obstruído nos dois sentido da MA, quem segue sentido Raposa/São Luís (Condomínio Apha Ville/Bairro da Pirâmide ) se depara a imensa fumaça preta, resultante de fogo em pneus, galhos e pedaços de árvores. O trânsito está interrompido, formando um engarrafamento enorme nos dois sentidos. As vias paralelas que poderia usadas como alternativas aos condutores como desvio também estão obstruídas.

Ninguém representante do Prefeito de Paço do Lumiar Josemar Sobreiro(PR), apareceu até o momento para conversar com a população/manifestante, devem muito provavelmente, está cortando o bolo de aniversario da Cidade.

Duas viaturas chegaram no local e saíram em seguida sentido Município de Raposa.

“Aqui não tem previsão para terminar, porque nesses dois locais não moram ricos, são pessoas humildes, não temos como pagar água todos os dias, o tonel custa R$ 12 reais, nós cansamos” disse uma moradora revoltada.

Manifestações como esta, causam enormes prejuízos ao Município de Raposa, mesmo a reivindicação sendo direcionada ao Prefeito de Paço do Lumiar. Pois, trabalhadores, estudantes e demais moradores raposense que seguem sentido São Luís ficam impedidos de chegarem em suas finalidades.

Ainda hoje mais informações…

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14
jan

População revoltada com Prefeito de Paço do Lumiar bloqueia MA 203 e diz que manifestação não tem hora para acabar

Pelo Jornalista Domingos Costa

Moradores das localidades Recantos dos Poetas e Terra e Sol realizam manifestação desde as cinco horas desta terça-feira num trecho da MA 203 que faz ligação entre o Município de Raposa e São Luís.

No local não passa nenhum tipo de veículo. Pedaços de árvores, galhos e muitos pneus queimados geram fumaça preta que pode ser avistada de longe. As reivindicações dos manifestantes são direcionadas ao Prefeito de Paço do Lumiar Josemar Sobreiro.

O blog está no local da manifestação, a qualquer momento novas informações e novas imagens.

Trecho interditado próximo ao Bairro da Pirâmide

Trecho interditado próximo ao Bairro da Pirâmide

13
jan

OPERAÇÃO EXTERMÍNIO? Polícia velada mata três “menores bandidos” em São Luís

Pelo Jornalista Domingos Costa
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Dois, dos três adolescentes/criminosos mortos pela polícia

Na noite de ontem domingo 13/01, a reportagem do Fantástico da TV globo mostrou a interceptação de mensagem celular de um membro de uma facção criminosa preso em Pedrinhas dando ordem para ataque à residência do Comandante de Operações Especiais da Polícia Militar, Coronel Ivaldo Barbosa, o que felizmente, acabou não acontecendo.

Antes desse episódio, comandos de dentro do Presídio de Pedrinhas ordenaram ataques aos trailers e quarteis da PM, isso sem falar, nas delegacias da Capital. Policiais foram assassinados e vidas de inocentes foram tiradas, como no caso da menina Ana Clara. A polícia então parecia está acuada após diversos atentados.

Coincidentemente, após todos esses tristes acontecimentos, na tarde desta segunda-feira 13/01, veio a resposta mais ríspida da força policial.

Um confronto entre o Serviço de Inteligência do Batalhão de Choque da Polícia Militar (o velado), resultou na morte de três adolescentes, na Rua 8, próximo a Delegacia, no bairro da Vila Embratel em São Luís.

O Serviço de Inteligência recebeu informação que suspeitos de terem cometido um homicido na manhã de ontem no bairro com diversos tiros,  estariam escondidos pela região da Vila Embratel. Ao chegar no local a polícia encontrou os três adolescentes que reagiram com troca de tiros.

Um dos adolescentes que morreu foi identificado como Tailson Santos Sá, 17 anos, o Bananinha, morador do coroadinho,  tinha fugido na última terça-feira (7), do Centro de Ressocialização Alto da Esperança, no bairro do Anjo da Guarda, área Itaqui-Bacanga. (REVEJA)

Além de Bananinha, outros dois adolescentes foram mortos, Douglas de Jesus, 17 anos, o Tio Ted,  morador da Vila Embratel e Railton Costa Santo, conhecido pela alcunha de macaco também morreu no local.

Depois da morte dos três “infratores/bandidos”, não se fala em outro assunto nas ruas, praças e avenidas da Ilha de São Luís… Seria a volta da “Operação Tigre”?

13
jan

“Acho que não sou muito bem-vindo aqui. Mas o Maranhão também é Brasil” Do Senador Capiberibe em visita a Pedrinhas

Pelo Jornalista Domingos Costa

Adversário político da família Sarney no Amapá e vice-presidente da comissão, Senador João Capiberibe(PSB)

Adversário político da família Sarney no Amapá e vice-presidente da comissão, Capiberibe afirmou ao GLOBO que acredita não ser muito bem-vindo no Maranhão. A disputa política entre as duas famílias é antiga. O senador e sua esposa, a deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) atribuem a ações de Sarney a cassação de seus mandatos, em 2005. Capiberibe teve sua candidatura para governador impugnada em 2010.

Esta não é a primeira vez que Capiberibe visita o estado. Ele já esteve no Maranhão fazendo campanha contra a cassação do mandato do ex´-governador Jackson Lago (PDT), também adversário da família Sarney. Com sua cassação, Roseana Sarney assumiu o Palácio dos Leões. O senador comentou a situação do presídio de Pedrinhas.

– Há um equívoco de concepção no sistema carcerário do Maranhão. Há uma concentração de presos num único lugar. E parece que há uma terceirização indevida.

Capiberibe e outros cinco parlamentares chegaram a São Luís para visitar o presídio e se reunirão, ainda nesta segunda-feira, com autoridades do Ministério Público, do Tribunal de Justiça do Maranhão e da Defensoria Pública do estado. Está previsto um encontro com a governadora Roseana Sarney no final do dia.

– Espero ser recebido por ela – disse Capiberibe.

O senador João Capiberibe (PSB-AP) foi mais crítico na avaliação.

– O que encontramos ali foi um depósito de seres humanos. Não é uma penitenciária. É um local degradante e sub-humano, sem qualquer higiene. Há até paciente mental no local, que não deveria estar ali. É um lugar sem regra. Em todos os pavilhões há pouquíssimos agentes penitenciários. Esse é o resultado da privatização – disse Capiberibe.

13
jan

A “visita” dos Senadores no Complexo Penitenciário de Pedrinhas

Pelo Jornalista Domingos Costa

O Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, recebeu nesta segunda-feira a visita de seis integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que desembarcaram no estado para tratar da crise do sistema prisional. A visita durou cerca de duas horas, mas a ala mais crítica do presídio, onde ocorreram decapitações, não foi vista pelos senadores, pois não havia como garatir a segurança necessária aos visitantes.

Os senadores descreveram um cenário de caos e afirmaram que ouviram as mais variadas queixas dos detentos e que encontraram celas superlotadas e condições precárias de higiene nos presídios do complexo. Adversário político da família Sarney, o senador João Capiberibe (PSB-AP) foi mais crítico na avaliação.

Os senadores, que chegaram ao local por volta das 12h (13h no horário de Brasília), estiveram acompanhados pelo advogado Antonio Pedrosa, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB maranhense.

A senadora e presidente da comissão, Ana Rita (PT-ES), e os senadores João Capiberibe (PSB-AP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Humberto Costa (PT-PE), João Alberto Souza (PMDB-MA) e Lobão Filho (PMDB-MA) se reuniram com representantes da sociedade civil na sede da OAB do estado.

Um grupo de sessenta presos teria simulado uma greve de fome na visita que uma comitiva de senadores da Comissão de Direitos Humanos fez, nesta segunda-feira, 13, à Penitenciária de Pedrinhas, na capital maranhense. Durante a passagem por uma das alas comandadas por uma das facções na penitenciária, cerca de 60 presos disseram aos parlamentares que se recusavam a comer a alimentação fornecida pela administração da cadeia.

A visita dos parlamentares tinha por objetivo verificar a situação do presídio e as condições dos presos. O grupo, que tem conversado durante todo o dia com autoridades locais, está preocupado com as 62 mortes que ocorreram na cadeia desde o início do ano passado, algumas por meio de decapitações de detentos.

Um dos integrantes da comitiva, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), contou ter visto “muita comida jogada no chão” das celas. Os presos disseram ao senador que não havia condições de se alimentar com a comida fornecida. A administração do presídio rebateu os detentos e mostrou aos senadores a comida distribuída: arroz, feijão e carne. “A comida estava em boas condições”, disse Randolfe, para quem a “simulação” tinha por objetivo chamar a atenção e sensibilizar os parlamentares.

Os senadores permaneceram três horas no presídio. No primeiro momento, os parlamentares foram ciceroneados pelo secretário de Administração Penitenciária, Sebastião Uchôa, e pelo comandante da Polícia Militar do Maranhão, Aldimar Zanoni Porto, que lhes mostrou uma ala destruída em rebeliões anteriores, mas, por estar em reformas, já estava em melhores condições.

Os integrantes da comitiva protestaram contra o fato de terem tido acesso restrito às dependências da penitenciária. Conseguiram, posteriormente, visitar uma das alas sem acesso restrito, na qual ocorreu a simulação da greve de fome. Nessa parte do giro, Lobão Filho e João Alberto Souza, aliados da governadora do estado, Roseana Sarney (PMDB), não participaram da visita.

Autoridades barrados

Detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão falam com uma comitiva de senadores da Comissão de Direitos Humanos nesta segunda-feira (13). (Foto: Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo)

Detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, falam com comitiva de senadores da Comissão de Direitos Humanos nesta segunda-feira

Deputados federais e estaduais e grupos que representam setores ligados aos Direitos Humanos afirmam que foram impedidos de visitar algumas das unidades do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão, nesta segunda-feira (13). Nesta tarde, alguns dos presos iniciaram uma greve de fome no complexo.

Os parlamentares acompanham membros da Comissão de Direitos Humanos do Senado que estão em São Luís para observar as condições do complexo. Eles afirmam que foram expulsos após o exame de algumas áreas do complexo. Os senadores continuam no local. Segundo eles, o governo do Maranhão alegou que eles não poderiam dar continuidade à visita porque não estavam cadastrados como os senadores.

Deputados federais e estaduais e grupos que representam setores ligados aos Direitos Humanos afirmam que foram impedidos de visitar algumas das unidades do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão, nesta segunda-feira (13). Nesta tarde, alguns dos presos iniciaram uma greve de fome no complexo.

Os parlamentares acompanham membros da Comissão de Direitos Humanos do Senado que estão em São Luís para observar as condições do complexo. Eles afirmam que foram expulsos após o exame de algumas áreas do complexo. Os senadores continuam no local. Segundo eles, o governo do Maranhão alegou que eles não poderiam dar continuidade à visita porque não estavam cadastrados como os senadores.(Com informações de O Globo e Estadão)

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